A primitiva igreja, medieval, estava localizada um pouco mais a sul da atual, em zona onde hoje pululam pinheiros e eucaliptos. Por se encontrar em ruína ou ser demasiado pequena, no século XVI decidiu-se construir um novo templo, que veio a ficar pronto em 1555, conforma consta na inscrição que está na cabeira: “ESTA OBRA FEZ FRANCISCO LOURENÇO. ERA 1555”.
Não obstante, outras obras houve, como a de 1637, por derrocada, as de 1653 (sacristiavelha), as de 1678 (reformulação da fachada nascente), e as de 1768, que se traduziram na alteração integral da fachada principal para se enquadrar a torre sineira.
Assim, é hoje um templo de planta longitudinal de planta retangular, provida por seis volumes desiguais, mas harmoniosos, como a capela-mor, sacristia, sala de arrumos (sacristia velha), capelas laterais e torre sineira. Dos seus elementos estéticos são de assinalar, o primitivo portal lateral, que de arco de volta perfeita com três arquivoltas, é de linguagem manuelina, bem como os dois medalhões com figuras humanas, que representam Adão e Eva.
No interior, entre outros, releva-se a presença de teto em caixotões, onde pontificam painéis alusivos a cenas bíblicas, e o retábulo-mor em talha dourada da renascença com tribuna escalonada ladeada por duas edículas que contêm no interior as imagens de Santa Eulália (a padroeira) e Santa Luzia. O arco triunfal, que fica entre a nave e a capela-mor, é pleno, contendo decoração de ânforas, mascarões e elementos fitomórficos esculpidos. Por cima dele fixam-se dois mascarões que em tudo semelhantes aos do exterior, vêm a representar as figuras de Adão e Eva.
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